Feliciano
Nasce em Portugal. Pintor autodidacta desde a sua juventude. Estudou direito na UAL e Escultura na ARCO. A sua vida profissional levou-o inicialmente a trabalhar e a viver em Portugal e posteriormente a Espanha, França, Inglaterra e Alemanha. Em 2007 decidiu dedicar-se em exclusividade à pintura após uma prolongada luta contra uma doença durante 2 anos. A pintura ajudou-o nas fases mais complicadas ajudando-o a renascer como que e praticamente das cinzas. Feliciano expôs em grupo na Universidade de Tübingen, Alemanha e individualmente, na Galerie Charles no Luxemburgo e em Lisboa na Spirits and Arts de Sally Sharp entretanto falecida. Tem obras em colecções privadas desde os Estados Unidos, México, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e em Portugal.
O fantástico universo de Feliciano
Se bem que não se manifeste à primeira vista Feliciano é um ser completamente à parte. As suas telas atiram os espectadores para as suas cores extravagantes apaixonadamente ritmadas, elas seduzem-nos dando-lhes a impressão de estarem numa terra familiar. Depois em função da intensidade do olhar floresce um jardim extraordinário povoado com seres que uns acreditam reconhecer e por outros que ainda não têm nome.
Assistimos um mundo real e irreal simultaneamente.
Numa série aparentemente inesgotável de grandes formatos, o pintor é igual a si mesmo revela-se sempre diferente, figurativo fugitivo com uma abstracção onde nascem as harmonias e se interrogam os equilíbrios.
Pinta em cores de fogo e florescentes exóticas e paradisíacas, seu transe, complexidade dos seus sonhos de explorador evocando e suscitando o estado de alma e os derramamentos do que vê, do que imagina do que sente.
O universo do pintor é exaltante sem ser caótico. É uma das qualidades do Pintor Feliciano. Ele cria cenas deslumbrantes a dois níveis, o primeiro relativamente fácil de decifrar e um segundo que pode parecer indecifrável à primeira vista mas que á medida que se contempla soltam-se cabeças, corpos, asas e bicos de pássaros, espaços vermelhos ou amarelos e profundidades de todas as cores, transparências nostálgicas e seres fabulosos amáveis e inquietantes simultaneamente.
O pintor é um poeta, as suas telas são composições exemplares. As cores obedecem-lhe. Ele possui o dom do discernimento coloristico.
Em primeiro lugar, a sua força pictórica não é uma questão de cores mas sim de ordem, harmonia e sobretudo de composição.
Ele é sobretudo um narrador. Ele revela o ritmo interior das coisas e dos seres. Ele conhece a cor dos sentimentos.